Postagens

Mostrando postagens de 2010

VERSOS DIVERSOS

Um breve relato de pura comoção enaltece a supremacia amolecendo o coração. Eterna magia de contrastes coloridos abrem-se as cortinas rodopiando os moinhos. Suspiros adocicados beijos molhados enlaces e entrelaces de perfeita harmonia. Fuga camuflada imperfeição gerada é um ser que desponta na teia emaranhada. Ingênua nudez descabida vaidade sensível pureza de pura felicidade!

URGENTE!

A pedincha tornou-se comum naquele povo sofrido que aguardava incansavelmente por assistência. Num passado recente o massacre fora total. Águas impetuosas destruíram arrastando com fúria tudo que havia pela frente. A natureza é iminente, no entanto imprevisível na percepção humana. A piedade era visível apenas nos olhares perdidos dos que sobreviveram. Na calmaria das águas: lama, lixo, entulho, tudo se misturava. O homem na busca pela dignidade aguardava ajuda dos céus. Meio a consternação e proveito de alguns em detrimento ao sofrimento alheio, a esperança denotava-se na luz que acalmava, no bálsamo que alimentava, no suspiro que adornava o fôlego incansável pela luta à sobrevivência. A doação e, sobretudo a solidariedade acalentava os corações em sofrimento, amparando-os e dando-lhes a certeza de que a devoção de muitos exprimiria na compaixão e no amor. Sentimentos latentes ao homem, que por vezes, precisa da irritação externa da natureza para a sua manifestação. A situação caótica

ASILO

Ouço. Seu ruído é quase imperceptível e ao mesmo tempo sinfônico. Pedrinhas em comunhão com o tênue filete d’água rolam colina abaixo... O canto dos pássaros... O balançar dos galhos nas árvores... A brisa suave e aromática... Tudo em perfeita harmonia. E eu encantada diante da diversidade de atos comuns que embelezam e enobrecem dia após dia o fluxo natural da vida!

46

Não é todo dia que se completa a idade que leva o título desta postagem. Meio século se aproxima. Experiências? Inúmeras. Só espero que eu tenha tirado o proveito de cada uma delas. Olho para trás e observo uma meia vida inteira repleta de altos e baixos, cheia de sonhos coloridos... Ora bicolores... Ora desbotados... Ora daltônicos. A cor nesse momento não faz o menor sentido; os sonhos foram e continuarão vivos, mesmo nas minhas diversas mortes. Calma! A psicologia nos explica que morremos várias vezes numa mesma existência. Certas teorias são bem confortáveis! Tentei mensurar nesse período de existência a quantidade de risos e a quantidade de choros promovidos por mim... Desisti. Quando percebi que o choro predominou em oposição ao riso, causou-me pânico. Mas quando percebi que certas atitudes se vigoraram em objeção a determinas tolices, causou-me alívio. Amadureci. A futilidade que preenche os momentos insanos na maioria dos adolescentes – concordo que com certo brilho – já não m

DESERTO

Osório encontrava-se no deserto... No soçobro da madrugada fria, ventos gritavam de maneira assombrosa. O pavor atormentava sua mente ruidosa. O rumo turvo o desconectava do real. Com a visão opaca e limitada tornava-se imperceptível o ilusório. O grande vazio o confundia com o desalento que se alojava. Encontrava-se num imenso nada. Seu descontentamento era tão absurdo e fatídico, que sucumbir parecia ser o meio razoável. Desolado, buscava por alento. Seu desejo era penetrar no tudo do nada, e compreender o nada do tudo. Precisava reagir para que a mediocridade não o fizesse perder o ímpeto. E como um estalido, passou a emitir um novo olhar sobre a vida. Inflamou-se de ousadia. Convicto de que o deserto se transformaria na gleba desejável, o entusiasmo dilatou-se vibrando uma nova brisa de aroma angelical. A ilusão do vazio transformou-se num ilimitado oásis de inúmeras possibilidades. Percebeu que seria o domador do seu próprio destino. E assim, Osório renasceu e resplandeceu !

EU 2

Sou a poesia que fala, que agita sou a mulher que grita! Sou o tempero na ginga, que adoça sou a mulher que adorna! Sou a estrela que ilumina e encanta sou a mulher que abranda!

ESTA NOITE...

Meia-noite. As luzes se apagam. O silêncio parece adormecer. A madrugada acorda. Tudo é tranquilo. Os cirros desfilam calmamente redesenhando figuras aguçando a minha imaginação. Um latido ressoa ao longe dando um toque de suavidade na calmaria da noite. Suspiros de contemplação transpõe do meu peito com grande admiração. E assim, permaneço calada no particular da minha alma.

AGORA!

Momento mágico de retalhos retorcidos trepidam as suposições amordaçado pela incompreensão camuflado pelo egoísmo e renovado com o colorido. O desprezar que reina é insignificante e momentâneo encoraja o oprimido no entrave que apresenta na união pela esperança!

A CARTA

Caro André Peixoto Grande amigo, espero mais uma vez poder contar com a sua magnânima ajuda e discrição. Não me ignore. Atenda meu chamado e, por favor, tenha compaixão e compreenda ao meu estado de ignorância e equívoco, se esse for o caso. Mesmo assim, olhe com carinho esse meu momento de agonia, que me impede às vezes de transpor meus sentimentos nefastos em benfazejos. O que de fato a vida espera de mim? Quais os sinais a serem interpretados? A minha aflição baseia-se na não materialização de alguns desejos. Entendo que a minha formação e obstinado crescimento infere no envolvimento direto e indireto com o outro, ou seja, a convivência em sociedade. É nos passado que algumas etapas fazem parte do processo deste crescimento, como: aos vinte anos de idade o homem começa a edificar seus sonhos, aos trinta anos começa a etapa de consolidação destes sonhos, e aos quarenta anos a etapa anterior está completamente solidificada, como por exemplo: o profissional, o familiar, o espiritual

OUTONO

Imagem
Folhas outonais forram as praças embaladas ao som do noroeste na regência do novo panorama sonhos adormecidos se rebelam olhares perdidos  se cruzam passos largos em dissonância compondo a quimera de sintonias!

PENSAVA COM OS MEUS BOTÕES

Imagem
Refletia nesta manhã - fruto de quem não tem o que fazer - nas transformações ocorridas neste gigante universo...Mundo, Terra, Cosmos, Eu...etc. Percebi,  que enquanto há uma conexão básica para a manifestação da energia vital, em acordo, há um movimento constante e incessante... há vida - parece óbvio. Mas a reflexão foi um tanto mais profunda. Não no sentido puramente da existência física, intelectual, espiritual ou na sua congruência, mas algo que transcendeu as vias comuns do imaginário. A energia vital é imprescindível à vida, e que por sua vez estimula a inteligência e a criatividade. Sendo inerente ao ser, é um componente valiosíssimo que se apresenta mais contundente à medida que a utilizo de maneira sadia. No entanto, sua utilização de forma inadequada e abusiva acarretará no surgimento do sofrimento. O pesar, a dor, a tristeza são experiências aversivas que se exprimem conforme a apresentação da energia. Ora pelo seu acúmulo, ou seja, não é utilizada na sua totalidade - talve

O QUADRO

A demão implica no degradê que discorre o pincel em decúbito proporcionando altivez e júbilo com cores vibrantes que paralizam olhares zelosos e dominantes perplexos no horizonte! Na mistura colorida das emoções superfícies lisas, superfícies em relevos que motivam o estímulo do autor nas instâncias e com maestria no colossal mundo das percepções e na plena sensação de alforria!

LOUCURA

Os sonhos pareciam tão reais, tão intensos... e ao mesmo tempo tão incertos. A preocupação aparente se dissolvia diante do imaginário. Incalculáveis desejos de sucesso compunham o painel da consciência. Vozes embriagadas assoviavam na agudeza do meu ser. Pausa para o autoexame... Breves momentos de equilíbrio!

INACABÁVEL

Sou a criação perpetuada engatilhada no estímulo da vida permissível e elegante, ora estabelecida no assoalho do desespero, ora sobrevoando com alívio o aconchego, memórias pregressas adormecem no meu íntimo, leveza e pureza recriam o labor necessário tudo se torna um único movimento: palavras, ações, visões se conglomeram em diversas direções.