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Mostrando postagens de julho 13, 2014

NANOCONTO

Em passos não tão ligeiros, porém largos e estáveis, eu perambulava sem rumo, descontraída e sem a menor pressa, e os acontecimentos se desenrolaram assim...   Tarde de sol ameno. Uma leve brisa desfilava suavizando o mormaço, embora já estivéssemos em meados da estação do calor que prometia ser a mais quente dos últimos verões. Atravessei a praça. No visual nada de incomum: pais brincando com seus filhos; adolescentes em patins; jovens em suas bikes ; outros viajando em suas leituras; casais enamorados... uma típica tarde de sábado. De súbito, deparai-me com aqueles olhos mel que me fitavam. O fôlego faltou-me e a distância para recuperá-lo parecia totalmente fora de alcance. Um arrepio estranho começava traçar seu trajeto, cuja sensação não me lembro ter sentido antes. Não conseguia fixar o olhar, minhas pálpebras batiam descompassadamente, meus olhos simplesmente não me obedeciam. Com certeza minhas pupilas ultrapassavam o globo ocular. As palmas das minhas mãos desmanchav