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A TROCA

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Há poucos dias recebi de uma amiga, um texto de Mário Quintana chamado: Chapéu Violeta. Recebi numa data não mais que oportuna...bem próximo do meu aniversário.  O incrível texto poético me fez refletir um aspecto intrigante: estou vivendo, de fato?  Refletir para mim é um hábito, embora apresenta-se, às vezes, como uma amiga má, pois domina minha consciência tentando alvejar as sombras que dela camufla. É óbvio, que essa afirmação, ainda permeia na obscuridade impulsiva, e nota-se com muita clareza a sua falta de compostura. Entretanto, o exercício diário cujo mergulho é revelar-me, removendo a mancha ínfima que atribui um peso insignificante, contudo, antagônico ao confessar-se nobre, me fortalece em reconhecer que estou na trilha menos conservadora e mais realista. Há uma faísca no divisor id-ego.  Bem, voltando ao belo texto recebido, imediatamente me veio que a cada período de doze meses realiza-se uma troca. Aliás, várias. Trocas que na análise do meu processo evolutiv

19

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À Victória Rosa, o motivo da minha escrita.  Segundo a numerologia, "ciência mística" pela qual manifesto verdadeiro respeito e, sobretudo, curiosidade, informa que o número pessoal que irá reger sua vida neste novo ciclo é o 9. Gostei muito da pesquisa que fiz sobre esse número, que se iguala ao teor da afirmação: "AGORA É MINHA VEZ DE BRILHAR" ... Rasgo sedas e caxemiras ao declarar o amor mais cândido que jamais imaginei sentir. Afinal, qual presente mais magnânimo uma mulher poderia ter que a própria maternidade?  E com ela, a companhia tenra e afetuosa cujo sorriso é como a onda do mar em dia de calmaria, cuja voz quando diz "Bio!" (código nosso), ou até mesmo ao cantar se iguala a revoada de pássaros ao nascer do dia, ou até mesmo a um solitário rouxinol; que o sono destila bálsamo-hortelã para o encontro dos afins luz; e do olhar, o que dizer? Olhar águia, atentos, leves e castanhos! Não posso deixar de falar dos pés, desde o seu nascime

OUTONO

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Oposição alguma às outras estações mas essa tem a leveza do sono materno outono, ah outono! é o meu portal transito noutras como aprendiz em ti vislumbro a inquietude teu sopro carrega os meus sonhos veleja por outras galáxias revive na palma da mão... o mundo! o sol curva-se, e dispara raios amenos chuvas esparsas pulsam em soalho aquecido as árvores gargalham entre galhos de folhas despetaladas a natureza mostra o teu canto e sorri ouço o teu riso é do riacho em teu curso da pedra em teu esculpido do tapete no asfalto por tuas pétalas sinto o teu cheiro disfarça-se em mim como aquarela é o cheiro do girassol outono, ah outono!!!! IMAGENS LIVRES, Disponível em: < livrespensantes.blogspot.com >  Acesso em: 18 jul 16.

ESTRELA MAIOR

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Crédito: Fotógrafa Fabíola Campos Há 18 anos surgia olhos rasgados  cabelos fartos cheiro suave choro melódico a luz que emergia antes porém, precedia um sonho da matriz um desejo que me envolvia um ideal que me entorpecia e assim, germinou chegou do quadro branco o colorido vibrou da alegria insossa o alento flambou e hoje púrpura é a sua vitória agora mulher e sabe o que quer vida de prelúdios voz inebriante  voa...voa...voa ultrapasse o cimo esse é o destino e em terra firme ao olhar pro alto veja-se um dos astros vivos a estrela maior é o brio do seu labor. 

VIAGEM

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Posicionei-me  o compartimento era minúsculo um daqueles sebos do centro talvez, uma das minhas subatômicas vislumbrei uma dinâmica visceral ligações de pontos radiantes um coquetel de cores vibrantes lembrei que sou mutante os sentimentos sorriam e as sombras iluminavam-se o reflexo libertou-se fundiu-se em sua própria consciência partiu para uma nova escala fui transportada ao portal muitas cores...muitos amores a ilusão se contorcia a realidade se despia as emoções encheram meu oceano e embriaguei-me em suas ondas soluços estampados em gravuras e o céu rasgado em figuras nulas. IMAGENS LIVRES. Disponível em . <  ocaminhantepelouniverso.wordpress.com   > . Acesso em 10/02/16

POTE FRÁGIL

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Meu olhar perdeu-se o orvalho que dele sorria cristalizou-se restou-me as salinas as pálpebras não sustentam os sonhos e caem rastejam-se em carne árida rajadas de ventos surfam em secas ondas minha respiração é lenta desenho o ir e matizo o vir porém, o devir é sombreado a toalha está pesada mal consigo jogá-la ao chão um alento? desencadeiam em mim: soluços entre mim e o abismo: um percurso anarquizam-se as palafitas tudo treme o suor é estéril há um olor, não o sinto eu olho no entorno e não vejo procuro os girassóis murcharam-se? oh, obstinada visão que vê o que sente este pote frágil e suas vistas. IMAGENS LIVRES, Disponível em: <   mmaiusculo.blogspot.com   > Acesso em: 20/01/2016

CAMPO MINADO

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Alforria destilada diversos eus na encruzilhada Celeuma intrigante faz de mim um viajante A carapuça veste na parede crua reveste Saliências depuradas eu comigo nas madrugadas Meu silêncio grita dum urgir sentido na Palestina Ouço o riso triste sei que é meu e se eu partisse? Fuga descabida o mover das águas Heráclito já o dizia Verbos insanos sopro calado invado os oceanos E neste campo minado discorrem girassóis é meu legado IMAGENS LIVRES Disponível em . <  cova-do-urso.blogspot.com   > . Acesso em 15/11/2015