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Mostrando postagens de 2013

FILOSOFANÇA

Nas inconstâncias do meu remoer Atrevo-me, inovo, reformo, apago? No desejo do meu saber... Cresço? Neste vigor me aprimoro Amadureço, fustigo e esclareço Nos ares em migalhas que se entorpecem Ponho-me e dedilho nos fragmentos, penso: Oh, doce é o teu olhar amargo, Que me lança ao fulgor dos teus lábios Que me acalenta a rijeza do teu ser Que me envolve de prantos em bisonhos prados Oh, doce inércia de textura em neve Que outrora me apeteceu, aparece Retira em mim a toada melódica Da clausura das noites coloquiais Evoca-te: olhar de menino, boca rebelde Instiga o sumo que borbulha, me aquece Revela-te em sonho, saia, repito: aparece!

SE EU PUDESSE...

Preencheria essa tórpida lacuna com margaridas, seu aroma nos envolveria e estaríamos em deleite;   sugaria todas as dores e todos os temores, a soma estaria além do um mais um; estamparia um sorriso a cada aproximação da tristeza, assim, viveríamos entre versos, prosas e poesias... pernoitaria em todos os seus sonhos acalentando-o, o mimo certeiro diminuiria o intervalo existente; transformaria todas as visões em paisagens multicoloridas, e a cada alvorada diria: EU TE AMO!  

QUINZE

Felicidade! Equilíbrio! Sabedoria! O que mais uma mãe babona e bobona poderia oferecer à sua filha? Talvez... Poder? Bens materiais? Sucesso? Conquistas que poderão evoluir, respeitando a variável, dependendo muito da forma da condução. Diria que são conquistas efêmeras, sem grande valor moral. Entretanto, oriundas da perspicácia ocidental. Já os valores clássicos tornam-se consistentes e inatingíveis, são advindos do berço, do lar, da família, e esses Vick Rosa você os conhece bem: educada, compreensiva, solidária, empática, gentil, autêntica - alguém discorda? Eu suspeita? Que seja! Que a sua existência enfatize e valide todos esses valores, que serão com certeza, seu grande legado. Porventura já saiba, contudo quero deixar registrado que meu amor por você é muito maior do que eu possa expressar.  Hoje está iniciando um novo ciclo na sua vida, novas metas a alcançar, pequenas e grandes mudanças a caminho. Percalços? Bobagem! Lembre-se no final tudo dará certo. Sou a humilde serv

RAINHA

Sou o amanhecer que adormece no olhar a quimera que vagueia sem parar o sol que aquece as noites de luar sou a pura poesia de amor no ar! Sou a brisa marinha que aspira o caminhar o telhado de lado do ápice a trilhar suspensa pérola negra a encantar sou o cálice que adorna o paladar! Sou a aurora que divaga a procurar quais alentos percorridos a somar emoções azuis e vestes a bailar sou a crina, o prumo, a fauna... Sou o mar!

ROSA BRANCA

Desabrocham na minha epiderme nua joia silvestre em forma de flor sob franjas longas e puras alusão a menina que sou. Nas espumas salinas do branco neve desvalada fêmea reaparece entre falanges que se enlaçam em súplica afagos zelosos que por fim acontecem. Envolvida em saia de hastes leves acolhida em mãos macias me aquecem o som que replica e entoa na paisagem colorida em brisa alegre com olhar animoso e gestos brandos sou a cura que passeia pela planície mergulhar em corpos e desaguar em sonhos.