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VERSOS DIVERSOS

Um breve relato de pura comoção enaltece a supremacia amolecendo o coração. Eterna magia de contrastes coloridos abrem-se as cortinas rodopiando os moinhos. Suspiros adocicados beijos molhados enlaces e entrelaces de perfeita harmonia. Fuga camuflada imperfeição gerada é um ser que desponta na teia emaranhada. Ingênua nudez descabida vaidade sensível pureza de pura felicidade!

URGENTE!

A pedincha tornou-se comum naquele povo sofrido que aguardava incansavelmente por assistência. Num passado recente o massacre fora total. Águas impetuosas destruíram arrastando com fúria tudo que havia pela frente. A natureza é iminente, no entanto imprevisível na percepção humana. A piedade era visível apenas nos olhares perdidos dos que sobreviveram. Na calmaria das águas: lama, lixo, entulho, tudo se misturava. O homem na busca pela dignidade aguardava ajuda dos céus. Meio a consternação e proveito de alguns em detrimento ao sofrimento alheio, a esperança denotava-se na luz que acalmava, no bálsamo que alimentava, no suspiro que adornava o fôlego incansável pela luta à sobrevivência. A doação e, sobretudo a solidariedade acalentava os corações em sofrimento, amparando-os e dando-lhes a certeza de que a devoção de muitos exprimiria na compaixão e no amor. Sentimentos latentes ao homem, que por vezes, precisa da irritação externa da natureza para a sua manifestação. A situaçã...

ASILO

Ouço. Seu ruído é quase imperceptível e ao mesmo tempo sinfônico. Pedrinhas em comunhão com o tênue filete d’água rolam colina abaixo... O canto dos pássaros... O balançar dos galhos nas árvores... A brisa suave e aromática... Tudo em perfeita harmonia. E eu encantada diante da diversidade de atos comuns que embelezam e enobrecem dia após dia o fluxo natural da vida!

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Não é todo dia que se completa a idade que leva o título desta postagem. Meio século se aproxima. Experiências? Inúmeras. Só espero que eu tenha tirado o proveito de cada uma delas. Olho para trás e observo uma meia vida inteira repleta de altos e baixos, cheia de sonhos coloridos... Ora bicolores... Ora desbotados... Ora daltônicos. A cor nesse momento não faz o menor sentido; os sonhos foram e continuarão vivos, mesmo nas minhas diversas mortes. Calma! A psicologia nos explica que morremos várias vezes numa mesma existência. Certas teorias são bem confortáveis! Tentei mensurar nesse período de existência a quantidade de risos e a quantidade de choros promovidos por mim... Desisti. Quando percebi que o choro predominou em oposição ao riso, causou-me pânico. Mas quando percebi que certas atitudes se vigoraram em objeção a determinas tolices, causou-me alívio. Amadureci. A futilidade que preenche os momentos insanos na maioria dos adolescentes – concordo que com certo brilho – já não m...

DESERTO

Osório encontrava-se no deserto... No soçobro da madrugada fria, ventos gritavam de maneira assombrosa. O pavor atormentava sua mente ruidosa. O rumo turvo o desconectava do real. Com a visão opaca e limitada tornava-se imperceptível o ilusório. O grande vazio o confundia com o desalento que se alojava. Encontrava-se num imenso nada. Seu descontentamento era tão absurdo e fatídico, que sucumbir parecia ser o meio razoável. Desolado, buscava por alento. Seu desejo era penetrar no tudo do nada, e compreender o nada do tudo. Precisava reagir para que a mediocridade não o fizesse perder o ímpeto. E como um estalido, passou a emitir um novo olhar sobre a vida. Inflamou-se de ousadia. Convicto de que o deserto se transformaria na gleba desejável, o entusiasmo dilatou-se vibrando uma nova brisa de aroma angelical. A ilusão do vazio transformou-se num ilimitado oásis de inúmeras possibilidades. Percebeu que seria o domador do seu próprio destino. E assim, Osório ren...

EU 2

Sou a poesia que fala, que agita sou a mulher que grita! Sou o tempero na ginga, que adoça sou a mulher que adorna! Sou a estrela que ilumina e encanta sou a mulher que abranda!

ESTA NOITE...

Meia-noite. As luzes se apagam. O silêncio parece adormecer. A madrugada acorda. Tudo é tranquilo. Os cirros desfilam calmamente redesenhando figuras aguçando a minha imaginação. Um latido ressoa ao longe dando um toque de suavidade na calmaria da noite. Suspiros de contemplação transpõe do meu peito com grande admiração. E assim, permaneço calada no particular da minha alma.

AGORA!

Momento mágico de retalhos retorcidos trepidam as suposições amordaçado pela incompreensão camuflado pelo egoísmo e renovado com o colorido. O desprezar que reina é insignificante e momentâneo encoraja o oprimido no entrave que apresenta na união pela esperança!

A CARTA

Caro André Peixoto Grande amigo, espero mais uma vez poder contar com a sua magnânima ajuda e discrição. Não me ignore. Atenda meu chamado e, por favor, tenha compaixão e compreenda ao meu estado de ignorância e equívoco, se esse for o caso. Mesmo assim, olhe com carinho esse meu momento de agonia, que me impede às vezes de transpor meus sentimentos nefastos em benfazejos. O que de fato a vida espera de mim? Quais os sinais a serem interpretados? A minha aflição baseia-se na não materialização de alguns desejos. Entendo que a minha formação e obstinado crescimento infere no envolvimento direto e indireto com o outro, ou seja, a convivência em sociedade. É nos passado que algumas etapas fazem parte do processo deste crescimento, como: aos vinte anos de idade o homem começa a edificar seus sonhos, aos trinta anos começa a etapa de consolidação destes sonhos, e aos quarenta anos a etapa anterior está completamente solidificada, como por exemplo: o profissional, o familiar, o espiri...

OUTONO

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Folhas outonais forram as praças embaladas ao som do noroeste na regência do novo panorama sonhos adormecidos se rebelam olhares perdidos  se cruzam passos largos em dissonância compondo a quimera de sintonias!

PENSAVA COM OS MEUS BOTÕES

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Refletia nesta manhã - fruto de quem não tem o que fazer - nas transformações ocorridas neste gigante universo...Mundo, Terra, Cosmos, Eu...etc. Percebi,  que enquanto há uma conexão básica para a manifestação da energia vital, em acordo, há um movimento constante e incessante... há vida - parece óbvio. Mas a reflexão foi um tanto mais profunda. Não no sentido puramente da existência física, intelectual, espiritual ou na sua congruência, mas algo que transcendeu as vias comuns do imaginário. A energia vital é imprescindível à vida, e que por sua vez estimula a inteligência e a criatividade. Sendo inerente ao ser, é um componente valiosíssimo que se apresenta mais contundente à medida que a utilizo de maneira sadia. No entanto, sua utilização de forma inadequada e abusiva acarretará no surgimento do sofrimento. O pesar, a dor, a tristeza são experiências aversivas que se exprimem conforme a apresentação da energia. Ora pelo seu acúmulo, ou seja, nã...

O QUADRO

A demão implica no degradê que discorre o pincel em decúbito proporcionando altivez e júbilo com cores vibrantes que paralizam olhares zelosos e dominantes perplexos no horizonte! Na mistura colorida das emoções superfícies lisas, superfícies em relevos que motivam o estímulo do autor nas instâncias e com maestria no colossal mundo das percepções e na plena sensação de alforria!

LOUCURA

Os sonhos pareciam tão reais, tão intensos... e ao mesmo tempo tão incertos. A preocupação aparente se dissolvia diante do imaginário. Incalculáveis desejos de sucesso compunham o painel da consciência. Vozes embriagadas assoviavam na agudeza do meu ser. Pausa para o autoexame... Breves momentos de equilíbrio!

INACABÁVEL

Sou a criação perpetuada engatilhada no estímulo da vida permissível e elegante, ora estabelecida no assoalho do desespero, ora sobrevoando com alívio o aconchego, memórias pregressas adormecem no meu íntimo, leveza e pureza recriam o labor necessário tudo se torna um único movimento: palavras, ações, visões se conglomeram em diversas direções.